Comissões Parlamentares, Eurodeputados e Sociedade Civil debateram o futuro da diabetes em Portugal
No âmbito do Dia Mundial da Diabetes, a APDP promoveu uma sessão, na Sala do Senado, na Assembleia da República, com representantes de todos os partidos políticos, para debater a criação de uma Resolução Nacional da Diabetes. Denominada “O drama da diabetes. Porque é que precisamos de uma Resolução Nacional?” esta sessão decorreu no dia 17 de novembro.
Em colaboração com a Assembleia da República, a APDP pretendeu, com esta iniciativa, abordar a diabetes nas suas múltiplas vertentes, chamando à discussão dez Comissões Parlamentares cuja intervenção está relacionada com o drama da diabetes. O objetivo final da sessão passa pela criação de uma Resolução Nacional sobre Diabetes, com o apoio dos Eurodeputados portugueses que participaram na aprovação da Resolução sobre a Diabetes no Parlamento Europeu a 23 de novembro de 2022.
“É importante recordar que a diabetes continua a aumentar e que muito mais pode e deve ser feito para reduzir o seu impacto em Portugal. Não podemos baixar a guarda na luta sem tréguas contra esta pandemia que atinge, direta e indiretamente, mais de metade da população portuguesa. Esta sessão serviu exatamente para chegarmos a um consenso e podermos definir etapas concretas que nos ajudem a encarar a diabetes de outra forma”, refere José Manuel Boavida, presidente da APDP.
Segundo José Manuel Boavida, para que esta resposta exista, é necessária uma estrutura diferente, responsável, com capacidade de definição, implementação, acompanhamento e divulgação das medidas e dos seus resultados. “Esse é o desafio para os nossos políticos, para que a diabetes possa ser analisada e debatida de uma forma global. E nesse desafio, a APDP quer continuar a estar na primeira linha da defesa da comunidade com diabetes.”
De acordo com o presidente da APDP, a diabetes é uma “doença da sociedade” que verifica, já não só nas zonas urbanas, mas atinge todo o país. “Neste dia, foram debatidas as questões relacionadas com o financiamento, o acesso à alimentação com mais produtos vegetais e menos calorias, o acesso à atividade física regular, o urbanismo amigo das pessoas, o estigma e a discriminação do trabalho, os determinantes sócio-económicos da saúde, o acesso a cuidados integrados e centrados na pessoa, entre outras.”
Fotografias de Luís Ribeiro.
Lisboa, 30 de novembro de 2023