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Nutrição
Hidratos de Carbono e controlo glicémico
Porque é que a alimentação é um pilar do tratamento da diabetes?
A educação alimentar é fundamental no plano de tratamento de todas as pessoas com diabetes.
Não existe uma dieta única para todas as pessoas com diabetes. Por isso é importante o encaminhamento para uma avaliação e estabelecimento de um programa nutricional individualizado, orientado pelo nutricionista da consulta de diabetes.
A reter:
Para o controlo glicémico após as refeições é importante o equilíbrio entre a quantidade de HC e a insulina disponível.
Prefira alimentos que além de HC contenham outros nutrientes como fibra, vitaminas, sais minerais, e proteína.
Reduza alimentos processados ricos em açúcares, gorduras e sal.
Cuidados básicos
Para as pessoas tratadas com antidiabéticos orais ou injetáveis, ou com esquema de insulina em doses fixas, aconselha-se manter diariamente o horário e a quantidade de HC em cada refeição. Este cuidado contribui para um melhor controlo dos níveis de glicose no sangue após as refeições. Aprender a usar os equivalentes de hidratos de carbono, permite variar os alimentos sem alterar o total de HC recomendado em cada refeição. Em resumo, os seguintes alimentos nestas quantidades (medidos com uma balança digital de cozinha) têm a mesma quantidade de HC: 1 equivalente ou porção de HC (12g HC):
Nota: A batata, a castanha e a fruta referem-se a peso bruto.
As pessoas com insulinoterapia intensiva que fazem múltiplas administrações diárias de insulina ou usam um sistema de perfusão subcutânea contínua de insulina (bomba de insulina), devem receber ensino e treino sobre contagem avançada de HC com o nutricionista da consulta de diabetes. Este método consiste em contabilizar os gramas de HC a ingerir em cada refeição, para o cálculo da dose de insulina de ação rápida necessária para metabolizar esses HC, utilizando o rácio insulina/HC prescrito na consulta médica para cada pessoa.
Mais sobre alimentos e controlo glicémico:
Além dos hidratos de carbono, outros fatores alimentares podem interferir na resposta glicémica das refeições, como o teor e tipo de fibra, o teor de gordura e proteína, o processamento, entre outros (ver no item índice glicémico).
Maria João Afonso
Nutricionista
Departamento de Nutrição APDP
Setembro 2021
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